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terça-feira, 22 de setembro de 2009

O egípcio

Esse conto faz parte do Livro USA AND ABUSA.
Lorena chegou em Nova York no inicio da primavera para um curso de inglês para estrangeiros. No primeiro dia de aula teve uma festa de confraternização que aconteceu na escola. O professor, um canadense, magro, alto, nariz saliente, óculos com aros quadrados, enormes olhos azuis, animado e simpático com a sua nova turma se apresentou, solicitando em seguida a apresentação de cada. As apresentações começaram. Seria longa, havia uns 40 alunos.
Ao lado de Lorena estava, um moreno, olhos pretos e grandes, boca carnuda, cabelos incrivelmente pretos, pele aveludada, nariz aquilino e alto.
- Parece ser a reencarnação de algum faraó do antigo Egito - pensou ela que sorriu para ele e perguntou baixinho num tímido inglês:
- De onde você é?
Sorrindo ele disse:
-Egito.
A festa foi animada e Lorena se empolgou com os novos amigos de todas as partes do mundo e as trocas de experiências culturais seriam grandes em todos os sentidos.
Ela tinha alugado um apartamento, e por obra do destino encontrou o egípcio envolvente no corredor, ele estava entrando no apartamento 43. Três portas depois da sua. Casualidade? Talvez.
O egípcio retirou as chaves do bolso num chaveiro lindo em forma de pirâmide. Abriu a porta. Entrou na penumbra do quarto.
Lorena olhava cuidadosamente cada detalhe do ambiente. O teto estava decorado com lenços enormes formando balões coloridos, no chão havia velas coloridas e perfumadas em vários tamanhos, o que deixava o quarto com um ar de mistério. Muitas almofadas de cetim espalhadas pelo chão, uma cama bem aconchegante no fundo do quarto, a cabeceira da cama encostada na janela. As cortinas de tecidos leves e esvoaçantes, o ambiente estava envolvido por uma sedutora música árabe. Aquele pequeno apartamento estava parecendo a tenda das mil e uma noites.
O egípcio se aproximou de Lorena, olhou em seus olhos cor de mel, mantendo uma distância, desejava sentir sua respiração. Em um gesto delicado beijou o pescoço da mulher que permaneceu imóvel. Sentia as emoções arrepiarem seu corpo.
Ele a segurou pelos braços suavemente e a beijou, suave, apaixonado e profundo. Mágico seria um beijo por toda a vida, sem pressa, como se tivessem a eternidade nas mãos ele tirou seu casaco, deixando-o caído perto da porta, conduzindo-a até a cama para que se sentasse. Abaixou-se, tirou as botas pretas de salto alto, as meias, desabotoou sua calça, tirando–a com todo cuidado. Abaixado, beijou seus pés, suas pernas. Levantou a cabeça, olhou-a beijando-a. Desabotoou sua camisa, deixando-a somente de calcinha e sutiã.
Ficou de pé, pegou as almofadas que estavam no chão e colocou em cima da cama, deixando-a sentada e encostada nas almofadas. Delicadamente tirou o sutiã, passou a face em seus mamilos, voltando a fitá-la. Tirou sua calcinha, e observou-a em cima da cama, nua envolta nas almofadas. Foi em direção ao pequeno guarda-roupas, abriu a porta da esquerda e tirou uma pequena caixa de mogno, toda trabalhada com desenhos egípcios em alto-relevo, colocou a pequena caixa na cama do lado das coxas suaves. Ele se posicionou entre as pernas dela abrindo-as, em seguida lambeu com calma o clitóris, quase a fazendo desfalecer ao sentir o hálito quente e em seguida sua língua áspera deslizando sobre o pequeno órgão.
O Egípcio abriu a linda caixinha, tirou um objeto. Uma navalha, com lâmina brilhante, com cabo de madre pérola. Lorena sentiu pavor, pensou em correr dali, mas algo a prendia naquele lugar.
Ele olhou para a pequena caixa, com a navalha na mão esquerda, com a mão direita ele tirou mais um objeto de dentro da caixa que ela não pôde ver, pois fechou os olhos nesse momento com tamanha excitação e medo. Sentiu algo frio escorrer em cima de seu ventre. Ela abriu os olhos, lá estava ele, ajoelhado entre as pernas dela, com a navalha afiada na mão. Delicadamente começou a raspar os pelos pubianos, como se fosse um ritual milenar egípcio. Chegariam ao ápice com a experiência exótica.
Naquele momento observava o homem másculo, entre as suas pernas, depilando-a, sereno e vestido. Muitos pensamentos libertinos lhe passaram pela mente, naqueles breves momentos que pareciam seculares.
Quando ele terminou de raspá-la, levantou-se lentamente, foi ao banheiro e voltou com uma tolha úmida. Ele delicadamente passou a toalha entre as pernas dela, aquela maciez da toalha molhada e fria ao passar entre seu ventre a fez sentir arrepios.
Lentamente tirou suas próprias roupas, como um strip-tease regado a música árabe, naquele ambiente das mil e uma noites.
Lorena continuava sentada no meio da cama, com várias almofadas do lado e encostada em algumas. Estava na expectativa.
O egípcio ajoelhou-se no chão, beijou os pés, sugando-lhe os dedinhos, causando imensos arrepios, foi subindo beijando as pernas, enquanto beijava as pernas, ia subindo em cima da cama, como um felino pronto para atacar sua presa. Ele afastou as pernas de Lorena abrindo-as, e deixando a visão da flor desnuda. Ele beijava as coxas, sugava sua virilha e a flor desnuda. Passou o dedo e separou o clitóris dos grandes lábios, começou a beijá-lo lentamente, sugando-o todinho, de modo que pudesse sentir a pulsação em sua boca quente e carnuda. Lorena queria gritar de prazer, chorar, assim continuou a doce tortura, sugando os grandes lábios e penetrou a língua na vagina, fazendo movimento de entra-e-sai, movimentos em círculos, descendo depois ao períneo. Lorena já atingira o ponto máximo do clímax, estava suando frio. Ela queria ser penetrada logo (com outra coisa) daquele deus egípcio do sexo.
O egípcio subiu beijando a barriga de Lorena até chegar no umbigo, massageando com a língua ele alcançou os seios, fez movimentos em círculos com a língua, mordiscou de leve a auréola, subiu beijando o colo, o pescoço, abraçando-a e penetrou-a, tão lentamente, que ela sentia cada centímetro do órgão teso pulsante. Lorena contraiu o púbis e lentamente só com os músculos da vagina sugou o pênis do Egípcio que se deliciava. Não disseram nenhuma palavra, cumprimentaram-se no corredor, e entraram em seus apartamentos.
A presença do egípcio tinha afetado Lorena de alguma maneira, sentia-se como se houvessem feito amor de maneira exótica a noite toda.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O vizinho

Esse conto faz parte do livro USA and abUSA

Fazia pouco tempo que eu tinha me mudado para aquele velho apartamento perto da estação de trem, no terceiro andar de um velho prédio, as escadas decoradas com samambaias e avencas, a luz passava sorrateira entre as janelas que arejavam as escadas com uma leve brisa.
Dentro da minha cozinha tinha uma dispensa com uma janela basculante para ventilação do ambiente.
Estava de férias, e eram quase 15:00, resolvi fazer um bolo. Lá estava eu, procurando a farinha, e meu olhar periférico observou um homem na janela do bloco vizinho, foquei minha atenção naquela direção.
A janela de minha dispensa ficava de frente para a janela do banheiro do vizinho do outro bloco. Com uma distância de um metro nos separava. Ele estava tomando banho. Não via seu rosto, via somente seu peito, a água deslizando sobre sua pele umedecendo todos os pelos do peito. Fiquei paralisada olhando o meu vizinho a se ensaboar, cantar, e claro a se masturbar.
Quando ele começou a masturbar-se, aquilo me excitou muito, não via o rosto do meu vizinho, via os movimentos de seus braços ritmados, quando por fim ele parou e encostou em um canto do banheiro, não permitindo assim que eu o visse... Ali fiquei mais alguns minutos na esperança de ver o meu vizinho, mas não aconteceu. Resolvi eu tomar um banho e me masturbei pensando no vizinho. Deu-me uma fome grande, parecia que eu tinha passado três horas fazendo sexo. Voltei para a cozinha, olhei novamente através da janela, não vi mais nada a não ser janelas e paredes. Fiz o meu bolo de chocolate com café, quando digo com café, um creme de café como recheio...
No dia seguinte estava novamente no mesmo horário atrás de minha janela observando a vida alheia. Não apareceu!
No terceiro dia eu tinha um encontro com uma amiga que também estava de férias, mas cancelei, porque na hora que eu estava saindo de casa, dei uma passadinha na janela para ver o vizinho. Dei sorte, ele estava a entrar no banho... Fiquei a observar novamente, ele entrou no banho, depois entrou uma mulher alta (do mesmo tamanho dele) no banho junto com ele, não conseguia ver o rosto dela também, via somente parte dos seios e o cabelo ruivo (parecia original) molhado. A minha imaginação vibrava com o que poderia estar acontecendo atrás da parede. Eles se abraçaram e se beijaram enquanto a água caia, ela se agachou e ele ficou a se retorcer em pé. Ela se levantou e quem agachou foi ele. Percebi quando ela encostou-se na parede perto da janela, mas não pude ver mais nada, mas eu estava imaginando. Passei outros dias a observar a janela do banheiro do meu vizinho, mas acredito que os horários dele se tornaram diferentes por algum motivo. Não tive a curiosidade de saber quem seria o meu vizinho, mas descobri o meu lado voyeur.