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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mais passarinhos

"Ele enfiou um joelho entre as coxas dela e afastou-as. Fiquei excitada ao ver Lina tão indefesa e aberta. Comecei a acariciá-la, a despi-la. Ela sabia o que eu estava a fazer, mas estava a gostar. Colou a boca à minha e os seus olhos fecharam-se e deixou que Michel e eu a despíssemos toda.Os seus seios fartos cobriram o rosto de Michel.

Ele mordeu-lhe os mamilos. Ela deixou-o beijá-la entre as pernas e introduzir o pénis, e deixou-me a mim beijar-lhe os seios e acariciá-los. Tinha umas nádegas maravilhosas, firmes e redondas. Michel teimava em afastar-lhe as pernas e em morder-lhe a pele macia, até que ela começou a gemer. A única coisa que Lina permitia era o pénis, portanto Michel possuiu-a e, depois de ela desfrutar, ele quis possuir-me.

Ela sentou-se direita, abriu os olhos e observou-nos pensativamente por um instante, depois tirou o pénis de Michel de dentro de mim e não o deixou tornar a penetrar-me. Lançou-se sobre mim com uma fúria sexual, acariciando-me com a boca e com as mãos. Michel voltou a possuí-la, por trás.Quando saímos para a rua, Lina e eu, enlaçadas pela cintura, ela fingiu não se lembrar de nada do que acontecera. Deixei-a. No dia seguinte, ela foi-se embora de Paris."

Antonia - Morena

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Passarinhos - Anais Nin


"Devo ter-te possuído muitas vezes apenas uns minutos depois de ele o ter feito. Pedias violência. Não sabia que me estavas a pedir para superar o Robert, a tentar apagá-lo do teu corpo. Pensava que era simplesmente o frenesi do desejo. Por isso cedia. Quando fazia Amor contigo, esmagava-te os ossos, vergava-te, contorcia-te. Uma vez fiz-te sangrar.
Depois saías da minha cama, metias-te num taxi e ías ter com ele.
E dizias-me que depois de fazer amor não te lavavas, porque gostavas do cheiro que perpassava as tuas roupas, gostavas dos cheiros que te seguiam durante um dia inteiro. Quase enlouqueci quando descobri isto tudo, tive vontade de te matar."
"Conheci outros anjos sexuais.
É maravilhoso ver a mudança que se dá neles. Aqueles olhos límpidos e transparentes, aqueles corpos que compõem poses tão harmoniosas, aquelas mãos delicadas...como mudam quando o desejo se apodera deles!
Os anjos sexuais!
São maravilhosos por ser uma surpresa tão grande, uma mudança tão forte.Você por exemplo, com esse ar de quem nunca foi tocada, imagino-a a morder e a arranhar...Tenho a certeza de que até a sua voz se altera.
Já vi mudanças assim.
Há mulheres com vozes que parecem ecos poéticos de outro mundo.Depois mudam.Os olhos mudam.Acho que todas essas lendas sobre pessoas que se transformam em animais à noite - como histórias de lobisomens, por exemplo- foram inventadas por homens que viram mulheres transformarem-se à noite, deixarem de ser criaturas idealizadas e veneradas e tornarem-se animais, e pensaram que elas estavam possessas."

Passarinhos - Anais Nin

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A teroria da calcinha furada



João Alberto era um desses que caminhava pela rua, a caminho de casa, mas sem a menor vontade de voltar pra casa. Tava tão bonito ver as luzes coloridas da cidade, que o mais gostoso mesmo era sentar num bar, tomar uns birinaites e ficar olhando as muié passá, como ele costuma dizer. Uma mais gostosa que a outra. umas acompanhadas, outras solitárias, umas vagarosas, outras apressadas. Algumas voltavam do serviço, outras iam para o serviço, porque tem gente que trabalha de noite também.

Jojoca olhava para as muié que passavam e ficava se perguntando qual delas era casada, qual não era, qual tinha namorado, qual não tinha, qual fazia isso, qual fazia aquilo. Então, no terceiro gole da manguaça - o abre alas pra cerveja -, inventou de brincar de adivinhar o que cada uma delas fazia, o que não fazia, o que tinha, o que não tinha, para onde ia, de onde vinha.

- Aquela ali vai direto pra casa. Tem cara de muié séria e...

- Como é que é? - perguntou o homem do lado de dentro do balcão.

- Nada não. - respondeu o rapaz, assustado consigo mesmo, por estar falando alto sem perceber.

Pediu mais uma branquinha e mandou vir a cerveja, depois outra e mais outra. e deve ter sido já na segunda garrafa que ele já estava entrando nas intimidades das mulheres que passavam em frente à porta do bar. Já não tentava mais adivinhar a procedência ou o destino, nem tampouco as ocupações o estado civil; já estava imaginando que aquela de calça comprida não era muito chegada em homem, que a de vestido preto era uma beata que nem dava prazer pro marido, que aquela mais apressada estava a caminho de um encontro com o namorado...

Aquela ali tá sem sutiã, aquela lá nem precisa, e aquela ainda veste calcinhas do tempo da minha avó, e aquela então... tá com a calcinha furada.

Mas não é por falta de dinheiro pra comprar calcinha, não. É desleixo, mesmo. Lembrou que já tinha reparado na sua própria mulher. Quando eram casadinhos de novo, era só calcinha de primeira, perfumadinha, rendadinha... Depois de alguns anos, a primeira que ela pega na gaveta já vai colocando.

Mas tava certo! Se não tem pra quem mostrar, se vai ficar escondido lá por debaixo da roupa, por que então se preocupar se tá furada ou rasgada?

E foi nesse momento que ele teve uma prova da fidelidade da mulher. Pensou e até deixou escapar a voz, mais uma vez:

- Se ela não liga pra calcinha que veste, então é porque não vai se encontrar com ninguém.

E teve mais que um estalo. Todos os artifícios dos quais sempre se utilizava para investigar a fidelidade da mulher podiam ser deixados de lado. Não tinha mais com que se preocupar. era só prestar atenção de manhã, na calcinha que ela vestia.

- É só olhar a calcinha. - repetiu.

- O quê? - perguntou a mulher que havia acabado de se colocar ao seu lado, para comprar não se sabe o quê.

- Num tô falando com a senhora, não moça... é que... nada... é um negócio que eu tava pensando... eu só tô tomando uma cerveja... quer tomar?

- Não... não posso... quer dizer... Por que não? - falou e perguntou a mulher.

Uns quinze minutos depois, impulsionada por dois copos de cerveja, ela já tinha contado todas as suas mágoas para o rapaz. Já tinha falado da sua falta de vontade de voltar para casa, da angústia de encontrar o marido bêbado e briguento, do quarto e cozinha fedorento em que moravam...

- Bebe mais. - ele oferecia.

- Feliz é você. - disse a mulher. - Você pode sentar nesse bar, beber, chegar em casa à hora que quiser, ficar falando sozinho...

- Eu não estava falando sozinho, eu estava pensando numa coisa e...

- Me leva para um hotel!? - pediu a mulher.

- O quê? Como? Mas... Verdade? Sério...?

- Nunca traí meu marido. - ela disse. - Mas ele merece e eu preciso... Hoje eu preciso.

- É mesmo? Será o espírito natalino ou você já está acostumada a...

- Não! Pode acreditar que é a minha primeira vez.

É por isso que está assim, toda arrumada, pensou, sem falar, o João Alberto. Já saiu de casa pensando em cornear o marido.

Mas como era homem, não quis perder a oportunidade. Levou pro primeiro hotel que viu, ali mesmo, bem próximo ao bar. Lá, naquele quartinho de pintura desbotada, cama velha, luz fraca, a mulher parecia um tanto nervosa.

- O que é? - perguntou ele. - Não vai insistir na história de que é a primeira vez que você...

- Que eu traio meu marido? É a primeira vez, sim, pode acreditar. Mas não é por isso que estou um tanto nervosa. Você se importa de apagar a luz?

- Apagar a luz? Mas o que é isso? Em que época você está vivendo mulher? Tem vergonha de se mostrar?

- Não é isso. Mas tá bom... pode deixar a luz a acesa. Só espere um pouquinho que vou me preparar.

- Se preparar...?

Ele desistiu de fazer mais perguntas e ficou olhando a mulher caminhar para o banheiro. Por um momento chegou até a temer que de lá fosse sair um cacete apontado pra ele. Mas logo a mulher voltou, e era mulher mesmo, um belo corpo por sinal, todo peladinho, com seios ainda firmes, pernas bem torneadas, um monte de pelos caprichados naturalmente, uma bundinha...

Se João Alberto ainda tinha alguma pergunta sobre o tipo de preparo que a mulher tinha ido fazer no banheiro, acabou esquecendo. Olhar aquele corpo era mais interessante. Mas só olhar também não! Tratou de se preparar ali mesmo, quer dizer, tirou sua roupa e, literalmente, correu para o abraço.

Foi então que ele teve mais uma prova a favor da sua teoria. Apesar de bem fetinho, o corpo da mulher não era bem cuidado, quer dizer, ela não tinha aquela pele devidamente tratada, hidratada, lisinha, da mesma forma que a sua própria mulher há muito já deixara de ter. Claro estava, então, que sua mulher não tinha um amante, pois se tivesse, além de se preocupar com a calcinha que vestia, também cuidaria melhor do corpo.

E foi assim, com esse ar feliz e o corpo cheio de energia que João Alberto possuiu a mulher. E pra quem dizia ser a primeira vez que dava uma puladinha de cerca, até que ela não se dava tão mal; era cheia de fogo e queria mais e mais e mais.

E como sabia trabalhar com as mãos e com a boca!

E como sabia mexer o quadril, tanto embaixo quanto em cima!

Mas a parte que ele mais gostou foi quando ela o cavalgou, de cócoras, apoiando com as pontas dos pés no colchão e com as pontas dos dedos no peito dele, agarrando, unhando.

A expressão da mulher enquanto subia e descia o corpo era algo indescritível, prazer puro, dado pelo deslizar do membro em sua vagina, pelo entra e sai, pelo some e aparece.

Se essa é a primeira vez dela – pensava João. Imagine como vai ser a segunda...

E como bom homem, ele tratou logo de questionar a mulher, dizendo que não acreditava nela.

- Você tem razão. – ela disse. – De vez em quando dou uma escapadinha. Mas tenho direito, não tenho? Eu bem queria que fosse só com ele, o meu marido, mas o que posso fazer se ele mais briga comigo do que me dá prazer. Faz tempo que não transo com ele do jeito que transei com você hoje.

- Mas por que então ficar tentando me provar que era a sua primeira vez?

- Porque vocês homens gostam assim. Vocês dão mais valor quando são os primeiros.

Caído ao lado da mulher, João Alberto pensou seriamente no que ela dizia, e concluiu que ela tinha razão. Mas pensou em outra coisa também: há quanto tempo não transava daquele jeito com a própria mulher?

A teoria do corpo bem cuidado fora colocada em dúvida.

Mas ainda faltava uma coisa que ele queria saber da mulher. Por que ela não quis se despir na frente dele?

- Você não vai rir de mim, vai?

- Rir por que? Fala!

- Você não vai rir de mim se eu disser que estou usando uma calcinha velha e toda rasgada, a primeira que peguei na gaveta, como sempre faço?

E lá se foi também, a teoria da calcinha furada...

Escrito por http://ana20sp.sites.uol.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Vida sexual...

É comum, nos dois sexos, as fantasias e sonhos eróticos. Atualmente cada vez mais mulheres sentem-se mais à vontade em buscar materiais pornográficos que as estimulem. Essas fantasias sexuais podem ser voluntárias ou involuntárias e nelas a mulher pensa o que faria e como faria em determinadas situações sexuais inusitadas.

Servem até como forma da mulher superar tradicional repressão à manifestação de sua sexualidade.
As fantasias sexuais mais recorrentes em mulheres, segundo o site Museu do Sexo, são:

- Manter relações sexuais com um homem diferente de seu parceiro;
- Imaginar ser objeto de uma violação por um ou mais homens;
- Manter relações sexuais com outras mulheres;
- Relembrar experiências sexuais anteriores;

- Imaginar que desempenha o papel de dominadora ou de dominada;
- Praticar posições ou técnicas sexuais inéditas, como o sexo anal ou oral.

sábado, 12 de junho de 2010

Bondage


Bondage é um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida.
Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração.
Objetos utilizados:

Algemas, cordas, grilhões, camisa de força, coleiras, mordaças, vendas, eletroejaculadores, lenço de seda,meia- calça,correntes e cadeados.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Seios

Teus Seios pequeninos que em surdina,
pelas noites de amor, põe-se a cantar,
são dois pássaros brancos ao luar
pousou de leve nessa carne fina.
E sempre que o desejo te alucina,
brilha com fulgor no teu olhar,
parece que seus seios vão voar,
dessa carne cheirosa e purpurina.
E para tê-los sempre nesta lida,
quisera, com meus beijos, desvairado,
poder vesti-los através da vida,

Para vê-los febris e excitados,
de bicos rijos, ávidos, rasgando,
a seda que os trouxesse encarcerados.

Autor:Hildo Rangel

terça-feira, 4 de maio de 2010

A Casa dos Budas Ditosos, João Ubaldo Ribeiro


Techo do best seller do escritor baiano – relato em primeira pessoa de uma libertina de 68 anos:

“Não lembro onde li a respeito de dois Budinhas, um macho e uma fêmea fazendo sexo, essas coisas milenares de chinês, nunca entendo direito, misturo as datas, apronto a maior confusão. Havia uma espécie de templo, a Casa dos Budas Ditosos — não é bonitinho, a casa dos Budas ditosos? eu acho —, com imagens iguais a essas, só que?enormes. Os noivos, antes do casamento, iam lá para venerar as estátuas e passar as mãos nos órgãos genitais delas(...) Decidi fazer este depoimento inicialmente de forma oral, em vez de escrita, pela razão principal de que é impossível escrever sobre sexo, pelo menos?em português, sem parecer recém-saído de uma sinuca no baixo meretrício ou então escrever “vulva”, “vagina”, “gruta do prazer”, “sexo túmido” e “penetrou-a bruscamente”. Falando, fica mais natural, não sei bem por quê.”

sábado, 1 de maio de 2010

Literatura erótica e internet

O advento das novas tecnologias também significou um aumento na produção de textos de literatura erótica, assim como em outras artes que emvolvem o sexo, como a fotografia ou o cinema pornográfico. O anonimato facilita a escrita e difusão de textos que podem ser inspirados em realidade ou que simplesmente satisfazem a imaginação e criatividade do autor. Em geral, são textos de curta duração e forte conteúdo sexual explícito, mesmo que não exista uma norma ou tendência para tal. Temáticas normalmente proibidas ou reprovadas socialmente são comuns, com textos que remetem a varias parafilias como a pedofilia (ISSO NÃO ROLA NOS MEUS TEXTOS), o incesto (NEM ISSO...) e a submissão.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Desce mais...sexo oral

É com sexo oral, ou cunilíngua, que seu clitóris vai receber o carinho que merece e fazê-la levitar mesmo antes da esperada penetração.

Ajude-o a se tornar um craque na modalidade, dizendo o que você quer: que ele use a língua e os dedos para explorar o clitóris, os lábios vaginais e a vagina — os três pontos ao mesmo tempo. Os movimentos e a pressão devem ser variados, para não machucar. Você pode massagear os cabelos dele.

Implore, se for necessário, para ele(a) não parar.

A recíproca é bem-vinda para deixá-lo em ponto de bala também. Vale surpreendê-lo prendendo um daqueles elásticos de cabelo bem macios na base do pênis ereto, junto aos testículos. De acordo com a especialista em sexualidade Cathy Winks, a pressão extra do elástico mantém o afluxo do sangue e multiplica a sensibilidade do órgão.

terça-feira, 30 de março de 2010

...Preliminares

Preliminares

A principio ela é banalizada na relação, mas se pararmos para refletir iremos perceber que ela é a chave para obter uma relação de sucesso. Pois são as preliminares que levam a excitação do casal, tal excitação que irá levá-los ao sexo. Geralmente as pessoas encontram mais prazer nas preliminares do o ato sexual em si.

Aprenda a excitar uma mulher

Comece acariciando os cabelos de sua parceira, beije-a nas orelhas, passe pela nuca e vá descendo até os seios. Beije-os, acaricie-os vagarosamente, dê leves apertões. Com a ponta da língua lamba ao redor dos mamilos e depois os chupe, como se estivesse mamando e dê suaves mordas.

Passe levemente as pontas dos dedos no abdome abaixo do umbigo fazendo de conta que irá tocar a vagina, mas não a toque, agora prossiga indo para as pernas fazendo caricias e beijando-as e em seguida massageia o clitóris de sua parceira levando ela a excitação.

Aprenda a excitar um homem

A mulher deve fazer as mesmas coisas que o homem, beija-o de forma carinhosa faça caricias na região do pênis, beije todo o abdome de seu parceiro a nuca e seria interessante você fazer uma massagem sensual em seu parceiro. Caso seja do consenso do casal pratique o sexo oral em suas preliminares.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Je suis le plus malade des su

(…) Se me encontro perto de ti, o meu ser não se contrai nem se arrepia. A fadiga terrível que me consome abranda.(…)Uma fadiga dos sentimentos, do fervor dos meus sonhos, da febre das ideias, da intensidade das minhas alucinações.Uma fadiga do sofrimento dos outros e do meu.Sinto o meu próprio sangue trovejar dentro de mim e o horror de tombar dentro dos abismos.Mas se caírmos juntos, eu e tu, não hei-de ter medo.Cairemos nos abismos, mas tu levarás as tuas fosforescências até ao fundo mais ao fundo.Podemos tombar juntos e juntos subir nos espaço.Eu estava completamente exausta por causa dos meus sonhos,não pelos sonhos mas pelo medo de não ser capaz de regressar.Desnecessário regressar,agora.Hei-de encontrar-te em toda a parte aonde fôr, nas mesmas misteriosas regiões.Tu também conheces a linguagem e os pressentimentos dos nervos.Tu hás-de saber sempre o que estou a dizer, ainda que não o diga.

Anais Ninrrealistes



Esse vídeo é bem sex, embora pareça ser Erótica da Madonna, mas nõ é. Confira!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Autofelação

APRESENTAÇÃO - Um dos assuntos da sexualidade que tem sido maior tabu através dos tempos, a auto-felação costumeiramente é confundida com a homossexualidade ou o egocentrismo, e muitas vezes é vista como uma atividade "marginal" ou "imoral". Mas no presente artigo, vamos "desmistificar" algumas destas falsas idéias, e falar abertamente sobre porque, como, quem, quando e para quê utiliza a auto-felação. Ao final do artigo, iremos contrapor algumas verdades e mentiras, visando afastar qualquer idéia errônea ou preconceituosa sobre o tema.
DEFINIÇÃO - Chama-se de "auto-felação" ou "auto-felatio" todo tipo de prática de sexo oral em si mesmo, ou seja, no qual o homem ou a mulher se utiliza da boca para estimular o próprio genital. Existem diferentes formas e variações de auto-felação, de acordo com as possibilidades e vontades do praticante, e não necessariamente esta prática resulta em ejaculação ou orgasmo. Devido às suas especificidades, existem diferentes maneiras de definir a auto-felação: como um tipo de masturbação, uma modalidade do sexo oral, ou "uma forma mista de atividade sexual". Ainda que seja bem mais comum na juventude, a auto-felação é também praticada por alguns homens e mulheres na vida adulta, sendo às vezes utilizada como preliminar em uma relação a dois, como complemento, ou conjugada com outras práticas sexuais.
MENTIRAS - Algumas falsas "crenças" caracterizam a auto-felação como prática exclusivamente homossexual, no entanto ela tem sido sempre utilizada por muitos heterossexuais, e não resulta necessariamente em um abandono das atividades sexuais com parceiros do sexo oposto. Um estudo feito nos EUA e na Europa apontou que 80% dos homens heterossexuais já experimentou ou desejou se utilizar da auto-felação; o mesmo estudo obteve o resultado de 78% entre os bissexuais e 77% entre homossexuais. Com as mulheres o resultado foi o seguinte: 68% das heterossexuais; 57% das bissexuais e 40% das homossexuais.
Na mesma pesquisa foi verificado que dos homens hetero que praticaram auto-felação, nenhum demonstrou desinteresse pela relação a dois. Com as mulheres, apenas 2% das praticantes demonstraram desinteresse pelos relacionamentos sexuais com parceiros.
VANTAGENS - Como explica o urologista Jim A. Smith, "a auto-felação é uma forma saudável de obtenção de prazer, assim como a masturbação, a 'masturbação a dois' e também o 'troca-troca'. Estas atividades costumam ser muito benéficas para a vida sexual, principalmente para o homem. Isso porque o homem dificilmente irá se abster do sexo em função de alguma prática solitária, enquanto que algumas mulheres, pelas dificuldades de obter prazer com seus parceiros, às vezes optam por se abter do sexo a dois. Mas na maioria dos casos, as práticas solitárias trazem grandes benefícios para os casais. No caso da auto-felação o grande ganho é ao mesmo tempo exercitar oralidade e 'genitalidade', com a possibilidade de permitir-se diferentes sensações e maior facilidade de criar intervalos durante todo o processo. Os homens que praticam esse 'exercício' geralmente fortalecem um auto-controle saudável, porque a auto-felação oferece um melhor conhecimento dos limites e possibilidades do seu organismo, com maiores opções de prolongamento do prazer e diferenças de intensidade do orgasmo, o que acaba servindo de auxilío na vida a dois. A auto-felação é uma das melhores formas de o homem chegar a um auto-conhecimento de suas possibilidades sexuais e do controle sobre a ejaculação, podendo oferecer muito mais prazer à sua parceira, e é também uma forma de a mulher exercitar sua sexualidade, desde que não abstenha-se das relações a dois, e utilize seus novos conhecimentos como elementos para o prazer com o parceiro."
Segundo o relato de pacientes homens em consultórios de psicoterapia, a auto-felação tem promovido também a diminuição da ansiedade durante o ato sexual e aumento na auto-estima. Os médicos identificam ainda que a auto-felação pode ser recomendável para alguns casos de pacientes que tenham dificuldade de manter a ereção.
Segundo o psicólogo Willian Atkins "o mais importante nessa prática é a possibilidade de utilizar diferentes formas de obter prazer, perceber sua sensibilidade maior para uma ou outra forma, e assim poder sugerir ao seu par sexual que o faça, quando nas preliminares do ato sexual. De uma maneira geral, toda prática solitária pode servir como ingrediente ou estimulante para uma boa relação sexual, desde que seus praticantes não tenham vergonha de relatar ao par sobre sua prática ou sobre quais suas preferências para a obtenção de prazer."
VERDADES - Um das "crenças" verdadeiras é a de que nem todos os homens e mulheres são capazes de praticar a auto-felação, já que este seria um "exercício" muito difícil para o indivíduo comum. Os homens que se utilizam deste tipo de prazer, de uma forma geral, têm que possuir uma grande flexibilidade. O mesmo precisa ser com as mulheres, já que nem todas são capazes de flexionar-se o suficiente para uma atividade que exige uma forte curvatura da coluna.
Ao serem abordados sobre o assunto, cinco especialistas em educação física, de forma unânime, recomendaram que uma "performance" como esta requer muito cuidado e uma preparação rigorosa. Como explica o professor Jonah Hilton, "é necessária uma inclinação muito acentuada da coluna, o que pode causar desde desconforto muscular até a fratura de alguma vértebra; daí que uma pessoa que tenha interesse nesta prática, necessitaria antes um preparo físico especializado, com muitas aulas de alongamento, ou ginástica contendo um exercício onde a pessoa mantém as pernas esticadas e leva os joelhos até a testa, fazendo várias seções dessas e também outros exercícios diários para fortalecer a musculatura ao redor da coluna."
Antigos estudos de Kinsey apontaram que apenas 3 em cada mil homens conseguiam se utilizar da auto-felação, sendo que mais de 900 costumavam fazer várias tentativas frustradas. Segundo o psicólogo Vincent Prone Jr., este panorama não mudou tanto nos dias de hoje. "No consultório é muito mais comum o relato de homens com interesse na prática do que as mulheres. Homens das mais diversas faixas etárias tem interesse na auto-felação por diferentes motivos, como: curiosidade, tentativa de melhorar o controle sobre a ejaculação e vontade de aumentar as possibilidades de prazer. No entanto, poucos são os que possuem 'elasticidade' para a prática, e os que não conseguem costumam relatar várias tentativas. Uma pesquisa feita entre os meus pacientes apontou que 98% dos homens demonstravam interesse pela prática, mas que somente 1% conseguia concretizá-la. Destes, a maioria afirmou ter o pênis muito longo, e que por isso teoricamente teriam maior facilidade para se utilizar da auto-felação, ainda que alguns dos que afirmaram ter pênis pequenos também tenham alcançado êxito nessa prática. De fato, um pênis com proporções acima da média ajuda na prática, mas também uma coluna flexível, e a flexibilidade pode ser adquirida, por exemplo, com exercícios da yoga ou alguns tipos de musculação. De qualquer forma, é bom lembrar que as pessoas precisam ter muito cuidado, e não devem ultrapassar seus limites. Já ouvi relatos de homens que faleceram com pescoço quebrado, devido à ansiedade em praticar a auto-felação."
ORALIDADE - Por ser um "exercício oral", a auto-felação pode auxiliar a oralidade do homem e da mulher a tornar-se mais seletiva e minuciosa, fazendo com que ao mesmo tempo se experimente e atue nas várias diferenciações e intensidades do próprio prazer. No caso do homem, ao utilizar-se desse conhecimento, pode oferecer melhores sensações ao seu par sexual, ajudando em muito às dificuldades de obter prazer que as mulheres costumam relatar nos consultórios de psicologia. O psicólgo Richard Livingstone explica que "os homens que praticam 'auto-felatio' podem ter maior facilidade para criar variações agradáveis durante um beijo, e dessa forma proporcionar uma maior sensibilização da parceira para o ato sexual. Além disso, é comum que outras preliminares tornem-se mais criativas e prazerosas para ambos. Muitas vezes o homem perde a inibição em praticar o sexo oral na mulher, e dessa forma às vezes oferece um prazer tão intenso e prolongado quanto oferecia a si mesmo durante o 'auto-fetatio'. O mesmo ocorre também com algumas mulheres que praticam o 'auto-felatio' e depois sentem-se mais à vontade para praticar sexo oral no parceiro, criando diferenças de velocidade, e podendo prolongar em muito essa atividade, intensificando o prazer de ambos. Não é incomum os pacientes relatarem que tentam se utilizar de sua experiência solitária para atuar melhor com seu par, ainda que os genitais e o tipo de prazer possam ser diferentes, mas a prática faz com que se conheçam melhor e aprendam novas formas de oferecer e sentir prazer. Os homens relatam que o auto-felatio serve para estimulá-los a experimentar preliminares diferenciadas, vencer inibições ou para prolongar a relação de forma mais satisfatória".
Entre os psicólogos que atendem casais em sessões separadas, é muito comum ouvir o relato de um prazer mais intenso durante o ato sexual. O terapeuta Alexandre Dimas conta que "homem e mulher atendidos separadamente relatam o mesmo tipo de melhoria na vida sexual que ocorre após a auto-felação masculina. Esse resultado positivo para ambos é em função de o homem praticar consigo mesmo, e, dessa forma, ter uma maior facilidade para utilizar o sexo oral na parceira, além de poder exercitar o controle da ejaculação frente a estimulos mais diferenciados. Algumas mulheres relatam uma melhoria não só na qualidade do sexo oral mas também nas carícias e no tempo de prolongamento de todas essas fases. Já a auto-felação feminina costuma ajudar a mulher a ficar menos ansiosa quando recebe o sexo oral por parte do parceiro, preparando-a melhor para se beneficiar desse tipo de prazer."
HISTÓRICO - A auto-felação está longe de ser uma prática recente na história da humanidade. Ao estudar mais profundamente o assunto, historiadores têm observado várias referências a ela, descrita como uma "arte" no antigo Egito. A arqueologia fez descobertas de hieróglifos e também antigas pinturas que retratam homens se utilizando da auto-felação, o que era visto na época como prática divina e recomendada. Segundo o acadêmico americano David Lorton, descobriu-se que muitos textos religiosos da mitologia egípcia apresentam a prática da auto felação mencionada e considerada como sagrada. Nos escritos encontra-se também a referência de que Ra, deus do Sol, teria criado o deuses Shu e Tefnut, após ter "chupado" a si mesmo e expelido seu sêmen no solo. Os historiadores explicam que muitos rituais de auto-felação foram realizados no Egito, e que aparentemente serviam para honrar o nascimento dos deuses Shu e Tefnut.
No entanto, enquanto a auto-felação era considerada parte normal e sagrada da vida egípcia há mais de 4 mil anos, a informação sobre a prática na atualidade tem sido amplamente reprimida devido ao seu caráter "ousado" para os "padrões culturais" contemporâneos. E devido à repressão vitoriana, muitas das pinturas que retratavam o ato da auto-felação foram deliberadamente destruídas e adjetivadas como "demoníacas", idéias estas que propagaram-se tornando esta prática um tabu dentro do imaginário coletivo atual.
VERDADES E MENTIRAS - Para finalizar este artigo, aqui estão algumas afirmações "inverídicas" sobre a auto-felação, que foram coletadas de depoimentos feitos por pacientes durante psicoterapias. Para complementar, incluímos as devidas explicações que se contrapõem a cada uma dessas afirmativas.
- Auto-felação vicia: Nunca foi registrado nenhum caso de "vício" ou "dependência" de um homem ou de uma mulher em relação a auto-felação. Pelo contrário, os que praticam a auto-felação costumam se sentir mais dispostos e aptos à prática sexual a dois e geralmente com menos ansiedade em relação a esta.
- Homem "de verdade" não faz isto: Se o homem for "de verdade", seja hetero ou homossexual, é muito provável que já tenha demonstrado algum interesse por essa prática. A última pesquisa mundial sobre o assunto apontou que entre a população global 89% dos homens já utilizou ou desejou se utilizar da auto-felação. E não há nenhum indício de "mudança" de orientação sexual causado por essa atividade.
- Somente egocêntricos e narcisistas gostam de praticá-la: Cerca de 90% de todos os praticantes de auto-felação tem bom relacionamento inter-pessoal, ou seja, costumam ser altamente sociáveis, compartilham com facilidade e tem relacionamentos de muita doação com seu par sexual.
- A auto-felação é uma prática puramente solitária: Como diz o próprio nome, a "auto-felação" é uma prática da pessoa em si mesma, daí uma atividade basicamente solitária, no entanto nem sempre ela ocorre desta forma. Tem crescido o número de casais hetero e homossexuais interessados em observar a auto-felação do parceiro, às vezes até utilizando-a como incremento a mais durante uma sessão de carícias preliminares. Além disso, de uma forma geral, tem aumentado muito o interesse das mulheres em observar os parceiros em atos "solitários".
- Só os loucos praticam isso: As pessoas sãs permitem-se ter mais prazer e aprendem a oferecer prazer ao parceiro sexual. E uma das formas de alcançar estes objetivos é através da auto-felação.
- Auto-felação não existe: Tanto existe que é praticada, em diversas idades e em diferentes meios sociais.
- Só os homens com pênis grande podem praticar: Não necessariamente. Como já dito aqui, a yoga, a ginástica e a musculação ajudam os homens a ter flexibilidade suficiente para esta prática, podendo ajudar os que tem pênis menores a também conseguir praticá-la, ainda que necessitem ter cuidado para não forçar demais a coluna.
- Auto-felação é imoral: A auto-felação não tem nada de imoral, pois não fere nehuma das regras de convivência social e respeito mútuo.
- A auto-felação nunca será socialmente aceita: A cada dia tem aumentado a quantidade de interessados na auto-felação, e são criados novos grupos especializados na prática. Alguns dos novos livros sobre educação sexual já integram a "auto-felação" como "categoria de masturbação". Ainda que pouco divulgado, nos Estados Unidos os sites dedicados a práticas "não-convencionais" como a auto-felação têm uma visitação diária bem expressiva, de pessoas de diferentes faixas etárias.
É verdade, no entanto, que a auto-felação continua sendo um dos maiores, senão o maior, dos tabus, e quando atrelado à sexualidade do homem há muitas pessoas que a confundem com a homossexualidade, e a proíbem, julgando que não se trate de uma prática masculina. Estas pessoas não sabem que a auto-felação é de fato um "exercício" geralmente benéfico, e que nada tem a ver com a orientação sexual. Mas é importante que a sociedade de forma geral venha demonstrando evoluir e começe a perceber essa realidade, fazendo com que a auto-felação seja vista cada vez mais como uma prática natural e saudável, e que ocorra de forma cada vez mais livre e sem receios por parte de quem a utiliza.
CONSIDERAÇÕES FINAIS - Apesar de ser um assunto ainda pouco abordado no meio científico, em relação a outros temas, podemos perceber diversas vantagens para a saúde e o bem estar que a auto-felação propicia, assim como outras práticas solitárias, que costumeiramente são mal vistas e condenadas por pessoas menos informadas. Esperamos ter auxiliado a muitos homens e mulheres que por temor ou vergonha não conseguem sequer comentar sobre esse tema com as pessoas mais próximas. Acima de tudo, é importante lembrar que todo tipo de prazer é válido, desde que não prejudique a um outro ser humano, e desde que a pessoa praticante respeite a si própria.

Fonte: http://www.fotolog.com.br/man_health

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dois- Melhor ainda

Joana descobriu que estava sendo traída pelo marido, se cansou daquela situação. Continuava casada com ele por causa do filho, ficou arrependida por não ter acabado com tudo quando descobriu a traição.
Resolveu dar uma surpresa no aniversario dele que seria na próxima semana, alias apesar de tudo ele era o pai do filho dela, viveram muitos anos felizes. Um presente seria interessante.
Naquela semana após levar o filho a escola, quando passava em frente à uma construção, onde estavam construindo um prédio de seis andares perto de uma lanchonete. Quando passava de volta um pedreiro muito bonito com cara de safado assoviou para ela. Joana olhou o belo exemplar do sexo masculino de soslaio, viu que era um “senhor” pedreiro, sua a auto-estima em uma escala de 0 a 10 ficou em 8.
No outro dia no mesmo horário, passou em frente a construção e o mesmo pedreiro estava a esperá-la novamente. Ela sorriu. Ele fez sinal para que ela entrasse na construção. Joana olhou para o chão e sorriu timidamente, enquanto milhões de pensamentos passavam pela sua cabeça. Ficou parada em frente ao prédio alguns segundos com medo e um ligeiro frio na barriga. Nunca saíra antes da linha ( não pulou a cerca antes), mas poderia fazê-lo agora e decidiu quebrar o protocolo e ir em frente. Pelo fato de ela estar flertando com o pedreiro não significava uma traição propriamente dita, muito menos vingança, mas apenas um momento que seria aproveitado. Não teria uma apaixonite aguda, nem esperaria que o pedreiro ligasse para ela no dia seguinte, nem olharia com remorso para o marido que sempre a traiu. Dizem que vingança é um prato que come frio, ela iria comer outra coisa crua, se é que vocês me entendem...
Não se preocupou em olhar para os lados, entrou na obra, passou entre uma porta, todas as paredes estavam com os tijolos sem revoque. Joana via o peito bem defino, resultado do trabalho braçal e bronzeado pelo sol diário. Ele a conduziu para um andaime e o mesmo começou a subir, foram parar em alguns andares a cima. Foram para um quarto sem dizerem nenhuma palavra. Ele encostou-a na parede beijando-a com avidez com ambas as mãos nos seus seios fartos. Afastou-se um pouco. Abriu o cinto surrado, e as calcas jeans velhas e surradas desceram um pouco, e ele com as mãos abaixou as calças ficando completamente nu diante de Joana, uma vez que estava sem camisa quando ela entrou na obra. O pedreiro estava no mais óbvio estado de excitação. Joana ficou a contemplar o membro do pedreiro. Ele a agarrou pela cintura beijando-a novamente, ela exalava sensualidade, ele levantou a saia de Joana, ajeitou as mãos entre a calcinha, masturbando-a. Ela fechou os olhos, enquanto ele descia a calcinha, ele levantou-se e levantou a blusinha com o sutiã, deixando os seios a mostra, sugou-;lhe os seios com a boca faminta por prazer, segurou em sua nádega encaixando-a em seu membro teso com a camisinha bem colocada. Ele virou e ficou encostado na parede. Joana estava extasiada, estava muito bom, quando sentiu outras duas mãos em seu corpo, abraçando-a por trás, pegando os seios, uma boca quente beijando sua nuca. Uma mão ficou no seio e a outra desceu para as nádegas. Ela sentiu levemente um dedo ser introduzido no seu ânus. Não olhou para trás, deixou o momento fluir. O outro pedreiro colocou seu pênis delicadamente em seu ânus enquanto o pedreiro número um estocava sua vagina bem lentamente. Ambos estavam segurando-a no ar. Ela estava sentindo os dois pênis se baterem entre as paredes de sua carne, ela sentia o calor dos dois homens, estava sendo possuída de uma forma que sempre vira em filmes pornográficos escondido. Uma fantasia que sempre tivera a vontade de realizar. Os toques fizeram sua pele ferver.
Ás vezes ela lia algumas reportagens em revistas femininas de como enlouquecer um homem na cama, fantasiava muito primeiro para depois colocar em prática com o marido. Uma vez ela estava fazendo algo que lera em uma dessas revistas e ele perguntou indignado quebrando o clima:
– Onde você aprendeu a fazer isso?
Joana deu uma resposta rápida e inteligente:
– Gato e cachorro já nascem sabendo como trepar, ninguém ensina nada a eles!! Respondeu ela deixando-o sem reação.
Com o pedreiro ela teve o gozo mais intenso de sua vida.
O pedreiro número dois saiu de dentro dela e foi para um outro cômodo. Joana não se importou de olhar em seu rosto, mas sabia que havia beleza ali, ainda sentia seu cheiro másculo. Não trocou nenhuma palavra com nenhum dos dois. Saiu da obra como se fosse um fantasma (ninguém percebeu). Ao chegar em casa foi tomar um banho, e quando ficou nua percebeu alguns fios pubianos aloirados misturados com o seu.
No aniversário do marido traidor, ela enviou para o escritório dele um caixa de presente com as flores que ele mais odiava – margaridas –. A imagem do traidor recebendo o presente faziam com que ela se sentisse como se estivesse se afogando e sendo salva, ao mesmo tempo.
Ao abrir a caixa tinha somente um envelope branco. Dentro do envelope um bilhete de Joana que dizia – “Sai da sua vida no dia do seu aniversário para que você possa comemorar e ficar a vontade com todas as suas amantes. Parabéns!”.. Dentro de outro envelope havia o pedido de separação.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lilith - Anais Nin

Lilith era sexualmente frígida e seu marido tinha quase certeza disso, não obstante todo o fingimento dela. Foi esse fato que causou o seguinte incidente: Ela nunca se servia de açúcar porque não queria engordar e usava um adoçante. Eram pequenas pílulas brancas que carregava o tempo todo na bolsa. Um dia Lilith ficou sem seu adoçante e pediu ao marido que o comprasse quando viesse para casa. Assim, ele lhe trouxe um frasquinho igual ao que ela pedira, e Lilith pôs duas pílulas em seu café, depois do jantar. Os dois sentaram-se juntos. Billy a fitava com a expressão de jovial tolerância que usava com freqüência, quando de seus ataques de nervos, suas crises de egoísmo, de auto-acusação, de pânico. A todo seu comportamento dramático ele reagia com inabalável bom humor e paciência. E Lilith ficava brigando sozinha, furiosa, passando por vastas crises emocionais em que ele não tomava parte.
Possivelmente tudo isso era um símbolo da tensão que não ocorria entre eles no plano sexual. Ele recusava todas as suas hostilidades, seus desafios violentos e primitivos, não se permitia entrar nessa arena emocional com Lilith e reagir à sua necessidade de ciúme, temores e batalhas. Talvez se Billy tivesse aceito os desafios de Lilith e participado dos jogos de que ela gostava, Lilith poderia ter sentido sua presença como algo mais que um mero impacto físico. Mas o marido de Lilith não conhecia os prelúdios do desejo sexual, ou os estimulantes que certas naturezas selvagens exigem, e assim, em vez de reagir corretamente logo que via seus cabelos ficarem elétricos, seu rosto mais cheio de vida, seus olhos cintilantes, seu corpo irrequieto como o de um cavalo de corrida, retirava-se para sua parede de compreensão objetiva, de brincadeiras gentis e de plena aceitação de sua natureza, como alguém que observa um animal em um jardim zoológico e sorri de suas excentricidades, mas não se deixa envolver. Era isso que deixava Lilith em um estado de total isolamento — como um animal selvagem que habitasse uma região deserta. Quando Lilith brigava e sua temperatura subia, o marido não era visto em parte alguma. Era como um céu sereno olhando para ela de cima, esperando que a tempestade passasse. Se Billy, como outro animal selvagem, aparecesse do outro lado do deserto, fitando-a com a mesma tensão elétrica nos cabelos, na pele e nos olhos, se aparecesse com o mesmo corpo selvagem, pisando forte e querendo achar qualquer pretexto para lançar-se sobre ela, abraçá-la com fúria, sentir-lhe o calor e a força, podia ser que acabassem rolando na cama, que os sorrisos sarcásticos se transformassem em mordidas de paixão e que a luta passasse a ser um combate de amor. Os puxões de cabelo uniriam suas bocas, seus dentes, suas línguas. E de toda essa fúria podia ser que seus aparelhos genitais se esfregassem um contra o outro, soltando centelhas, e tivessem os dois corpos que se interpenetrar para pôr fim à formidável tensão. Naquela noite Billy mais uma vez se sentou com a expressão costumeira nos olhos, enquanto ela se colocou perto do abajur, pintando um objeto qualquer com tanta fúria que dava a impressão de que iria devorá-lo quando terminasse. O silêncio foi quebrado por ele, quando disse:
— Sabe, não era adoçante aquela pílula que eu trouxe e que você pôs no café. Era cantárida, um pó excitante.
Lilith ficou atônita.
— E você teve coragem de me dar isso?
— Sim, eu queria ver você ficar excitada. Pensei que podia ser bem agradável para nós dois.
— Oh, Billy — disse ela —, o que você fez comigo! E eu prometi a Mabel que iríamos ao cinema. Não posso desapontála. Há uma semana que Mabel está trancada em casa. E se essa droga começar a fazer efeito quando eu estiver no cinema?
— Bem, se você prometeu, tem de ir. Mas eu estarei à sua espera.
Assim, meio febril e muito tensa, Lilith foi ao encontro de Mabel. Não se atreveu a contar o que o marido havia feito com ela. Não saíam de sua cabeça todas as histórias que ouvira a respeito da
cantárida. Esse afrodisíaco fora muito usado pelos homens na França do século XVIII. Lembrava-se da história de um certo aristocrata que, aos quarenta anos, já um pouco enfraquecido por ter assiduamente feito amor com todas as mulheres atraentes de seu tempo, apaixonou-se violentamente por uma dançarina de apenas vinte anos e passou três dias e tres noites tendo relações sexuais com ela com a ajuda da cantárida.
Lilith tentou imaginar como poderia ser uma experiência dessas, receando que adroga fizesse efeito a qualquer instante, obrigando-a talvez a ir correndo para casa e confessar seu desejo ao marido. Lilith não conseguiu concentrar-se no que se passava na tela do cinema. Sua
cabeça era um caos. Sentou-se muito tensa, tentando sentir os efeitos da droga. E teve um sobressalto quando percebeu que se sentara com as pernas muito abertas e a saia bem levantada, acima dos joelhos. Recompôs-se, achando que aquilo já deveria ser indício de uma febre sexual que a estava acometendo e que se agravava a cada instante. Tentou lembrar se algum dia já se sentara daquela maneira no cinema. No seu modo de entender, aquela posição
era a mais obscena que jamais imaginara. Sabia que quem estivesse sentado na fila da frente, colocada muito abaixo da sua, seria capaz de, com uma simples olhada para trás, regalar-se com o espetáculo das calcinhas e das ligas novas que comprara naquele mesmo dia. Tudo parecia conspirar em benefício de uma noite de orgia. Deveria ter sido dominada por uma premonição quando resolvera comprar aquelas calcinhas rendadas e um par de ligas cor de coral que ia tão bem com suas pernas de dançarina. Foi com raiva que fechou as pernas. Se fosse envolvida por uma selvagem torrente de desejo, não saberia o que fazer.
Deveria se levantar de repente, dizer que estava com dor de cabeça e ir embora?
Talvez pudesse se virar para Mabel — Mabel sempre a adorara. Teria coragem de se voltar para Mabel e acaricia-la? Já ouvira falar de mulheres que se acariciavam. Uma conhecida sua já se sentara daquele modo na escuridão do cinema e, muito lentamente, a mão da amiga que estava a seu lado abrira sua saia, escorregara até seu sexo e a acariciara até que ela gozasse.
Não saberia dizer com que freqüência essa sua conhecida vivera aquela deliciosa situação de ter que ficar quieta, controlando a parte superior do corpo, enquanto estava sendo acariciada no escuro, secreta, lenta e misteriosamente. Nunca tinha acariciado uma outra mulher. Diversas vezes pensara que deveria ser algo maravilhoso afagar uma mulher, acompanhar a curva de suas nádegas, sentir a suavidade do seu ventre e da pele entre as pernas. Já tentara se acariciar na cama, à noite, só para ver como seria tocar outra mulher.
Reiteradamente fizera isso com seus próprios seios, imaginando que fossem de outra mulher.
Fechando os olhos imaginou o corpo de Mabel em traje de banho, Os seios redondos
eram tão grandes que pareciam querer pular para fora do maiô a qualquer instante. Ela estava sempre sorrindo, e sua boca de lábios grossos prometia sermuito suave. Como deveria ser maravilhoso! Mas até então Lilith não sentia nenhum calor entre as pernas que pudesse fazêla
perder o controle e esticar a mão na direção de Mabel. As pílulas ainda não tinham produzido efeito. Estava frígida, constrangida, entre as pernas; havia mesmo uma evidente tensão lá. Não podia relaxar. Se tocasse em Mabel, não poderia prosseguir depois com um gesto mais ousado. E, no entanto, a saia de sua amiga abria-se lateralmente. Será que Mabel gostaria de ser acariciada? Lilith estava ficando inquieta. Sempre que se descuidava, suas pernas se abriam de novo, tomando aquela posição que lhe parecia tão obscena, tão convidativa e que a fazia recordar certos
passos de dança das bailarinas nativas da ilha de Bali.
O filme terminou. Em silêncio, Lilith dirigiu seu carro pelas estradas escuras. De repente os faróis iluminaram um carro que se achava estacionado no acostamento. Dentro dele havia um casal que não estava se acariciando do modo usual. A mulher estava sentada no colo do homem, de costas para ele; o homem se erguia todo de encontro a ela, o corpo na pose característica de quem estava gozando. Seu estado era tal que ele não foi capaz de parar quando os faróis do carro de Lilith o iluminaram. Pelo contrário, esticou-se mais ainda, para sentir melhor a mulher que tinha nos joelhos, enquanto ela dava a impressão de estar meio desmaiada de prazer.
Lilith permaneceu em silêncio, tomada de espanto, e Mabel comentou:
— Sem dúvida nós os pegamos no melhor momento.
E riu. Então Mabel conhecia o clímax que Lilith jamais experimentara e que tanto
ansiava por conhecer. Gostaria de perguntar como era, mas se conteve. Logo saberia. Ver-se-ia obrigada a liberar todos aqueles desejos experimentados em geral apenas nas fantasias, em longos devaneios que enchiam suas horas quando ficava sozinha em casa. Ficava pintando e
pensava: "Agora entra aqui um homem por quem estou muito apaixonada. Ele aparece no quarto e vai dizendo: 'Deixe-me despir você'. Meu marido jamais tira minha roupa; ele se despe sozinho; mete-se na cama e, se me quer, apaga a luz. Mas esse homem virá e me despirá lentamente, peça por peça. Isso me dará bastante tempo para senti-lo, para ter as mãos dele sobre mim. Antes de tudo, ele abrirá meu cinto, tocará em minha cintura com ambas as mãos e dirá: 'Que linda cintura você tem; como é estreita, que belas curvas'. Então desabotoará minha blusa muito
devagar; eu sentirei suas mãos em cada botão, e depois tocando meus seios pouco a pouco, até que eles saiam da blusa. Ele os amara e sugará os bicos como se fosse uma criança, machucandome um pouco com seus dentes. E eu sentirei tudo isso se espalhando pelo meu corpo, liberando todos os meus nervos e me dissolvendo em um mar de desejo. Ficará impaciente com
a saia. Estará desesperado de paixão. Não apagará a luz. Ficará me olhando, me admirando, me adorando, aquecendo meu corpo com suas mãos, esperando até que eu esteja totalmente excitada, até que cada poro de minha pele tenha despertadopara o amor. Será que já estaria sendo perturbada pela cantárida? Não, sentia-se lânguida, perseguida por todas aquelas fantasias que se repetiam interminavelmente — mas era só. E, contudo, gostaria de conhecer o
êxtase que observara no casal surpreendido pelos faróis do seu carro.
Quando chegou em casa encontrou o marido lendo. Ele ergueu os olhos para ela e sorriu com malícia.
Lilith não quis confessar que não tinha sentido os efeitos do afrodisíaco. Estava imensamente
desapontada consigo mesma. Que mulher glacial ela devia ser, a quem nada perturbava, nem mesmo algo que fizera um nobre do século XVIII passar três dias e três noites fazendo amor sem parar. Ela era um verdadeiro monstro. E seu próprio marido já devia saber disso. Iria rir dela.
E acabaria por procurar uma mulher mais sensível. Assim, ela começou a se despir na frente dele, andando de um lado para o outro seminua, escovando os cabelos ao espelho. Em geral não fazia nada disso. Não queria que ele a desejasse. Não sentia nenhum prazer com o ato sexual. Era algo que tinha de ser feito o mais rápido possível apenas por causa dele. Para ela era um sacrifício. A excitação e o prazer que não compartilhava lhe eram repulsivos. Sentia-se como uma prostituta paga para aquilo. Era uma prostituta sem sentimentos, que em troca de seu amor e de sua devoção lhe dava um corpo totalmente frígido. Sentia vergonha de ser assim.
Mas quando finalmente se deitou, ele lhe disse:
— Não creio que a cantárida tenha produzido efeito suficiente em você, e estou com sono. Acorde-me se. . Lilith tentou dormir mas não conseguiu, aguardando que seu corpo se enchesse de desejo. Depois de uma hora levantouse e foi até o banheiro. Pegou o vidrinho que Billy lhe comprara e tomou dez pílulas de uma só vez, pensando: "Isto vai resolver o problema".
Deitou-se de novo, esperando. Durante a noite seu marido foi procurá-la. Mas ela estava tão tensa e seca entre as pernas que ele teve de umedecer o pênis com saliva.
Na manhã seguinte Lilith acordou chorando. Billy interrogou-a e ela lhe disse a verdade. Ele soltou uma risada.
— Mas, Lilith, tudo não passou de uma brincadeira. O que você tomou não era cantárida.
Mas daquele momento em diante Lilith passou a ser perseguida pela idéia de que deveriam existir modos de se excitar artificialmente. Tentou todas as fórmulas de que já ouvira falar. Bebeu enormes copos de chocolate com grandes quantidades de baunilha. Comeu montanhas de cebolas. O álcool não a afetava como a outras pessoas, porque já estava em guarda quando começava a beber. Na verdade, não conseguia deixar de pensar em si própria e em seu problema. Já tinha ouvido falar de umas bolinhas que eram usadas como afrodisíaco nas Indias Orientais. Mas como poderia obtêlas? Onde poderia se informar a esse respeito? As mulheres nativas daquele país as inseriam dentro da vagina. Eram bolinhas de borracha muito macia, revestidas de um material bem parecido com pele. Quando eram introduzidas na vagina, essas bolinhas se acomodavam e passavam a se agitar toda vez que a mulher se movia, causando um efeito muito mais excitante do que um dedo ou um pênis. Lilith gostaria de conseguir essas bolinhas, para andar com elas dentro de si dia e noite.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"Querido Colecionador".

Nós o odiamos! O sexo perde todo o seu poder e seu vigor quando é explícito, exagerado, quando é uma obsessão mecânica. Transforma-se emtédio. O senhor nos ensinou melhor do que ninguém, o erro de não misturar sexo com emoções, apetites,desejos, luxúria, fantasias,
caprichos, vínculos pessoais, relações profundas que mudam sua cor, sabor, ritmo, intensidade.

Não sabe o que está perdendo com sua observação microscópica da atividade sexual, excluindo os aspectos que são seu combustível: intelectuais, imaginativos, românticos, emocionais.

Isto é o que dá ao sexo sua surpreendente textura, suas transformações sutis, seus elementos afrodisíacos. O senhor reduz seu mundo de sensações, o faz murchar, mata-o de fome, dessangra-o.

Se nutrisse sua vida sexual com toda a excitação que o amor injeta na sua sensualidade, seria o homem mais potente do mundo. A fonte da potência sexual é a curiosidade, a paixão. O senhor está vendo sua chaminha extinguir-se asfixiada. A monotonia é fatal para o sexo.

Sem sentimentos, inventividade, disposição, não há surpresas na cama. O sexo deve ser misturado com lágrimas, riso, palavras, promessas, cenas, ciúmes, invejas, todos os componentes do medo, viagens ao exterior, novos rostos, romances, histórias, sonhos, fantasias,
música, dança, ópio, vinho.

Sabe quanto o senhor está perdendo por ter esse periscópio na ponta do seu sexo, quando poderia gozar um harém de maravilhas diferentes e novas? Não existem dois cabelos iguais, mas o senhor não nos permite perder palavras na descrição do cabelo; tampouco dois cheiros, mas se
nos expandimos o senhor berra: "Deixem a poesia de lado!". Não existem duas peles com a mesma textura e jamais a luz, a temperatura ou as sombras são as mesmas, nunca os mesmos gestos, pois um amante quando está excitado pelo amor verdadeiro, pode percorrer a gama de séculos de ciência amorosa.. Que variedade, que mudanças de idade, que variações na maturidade e na inocência na perversão e na arte!...

Temos nos sentado durante horas nos perguntando como é o senhor. Se tem negado ao seus sentidos seda, luz, cor, cheiro, caráter, temperamento, agora deve estar completamente murcho. Há tantos sentidos menores fluindo como afluentes do rio do sexo, nutrindo-o. Só a pulsação unânime do coração e do sexo podem criar o êxtase".

Anais Nin