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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Como aumentar o pênis?

Essa é uma pergunta frequente que recebo. Acho interessante alguns leitores me perguntarem isso. É uma preocupação constante masculina que na realidade não reflete para as mulheres. A maioria das mulheres não gostam de pênis gigante, grande demais...incomoda muito no sexo vaginal e piora muuuuito as probabilidades da pratica do sexo anal.

Pênis grande é algo muito explorado na indústria pornô. Acabou virando lenda urbana .

Não adianta aumentar seu pênis se você não faz preliminares legais. O tamanho do pênis não está relacionado com o prazer.

Nunca, tome remédios que sem que seu médico desconheça só porque fulano falou que é bom, ou cicrano disse que realmente funciona. Cuidado com sua saúde e com sua vida!!!

"O aumento do pênis é muitas vezes um dos objetivos de homens insatisfeitos com o tamanho do seu pênis. De maneira geral, quando existe uma percepção da necessidade do aumento do pênis, conselho médico deve ser obtido, em vez do auto tratamento. Julga-se que a maioria dos auto tratamentos são ineficientes e/ou perigosos. Já foram relatados diversos casos em que o aumento do pênis através de anúncios de jornal e revistas tiveram resultados desastrosos.CUIDADO! Por isso aconselha-se uma ida ao seu médico que o encaminhará para um especialista. Entre as técnicas existentes, podem-se citar a injecção de biomateriais e também cirurgias , como a cirurgia do ligamento suspensor para aumento no comprimento do pênis." (Wikipédia)

Caso você tenha um complexo muuuito grande, marque horário com um cirurgião plástico, converse tire todas as dúvidas. Nada melhor que um profissional capacitado para te informar sobre o "real aumento".




sábado, 19 de dezembro de 2009

Libido

Libido (do latim, significando "desejo" ou "anseio") é caracterizada como a energia aproveitável para os instintos de vida. De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia separada para cada um dos instintos gerais.

"Sua produção, aumento ou diminuição, distribuição e deslocamento devem propiciar-nos possibilidades de explicar os fenômenos psicossexuais observados" (1905a, livro 2, p. 113 na ed. bras.)

A libido apresenta uma característica importante que é a sua mobilidade, ou a facilidade de alternar entre uma área de atenção para outra.

No campo do desejo sexual está vinculada a aspectos emocionais e psicológicos.

Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir três tipos de desejos: a libido sciendi, desejo de conhecimento, a libido sentiendi, desejo sensual em sentido mais amplo, e a libido dominendi, desejo de dominar.

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A mulher que passa - Vinicius de Moraes

Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! Como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontravas se te perdias?
Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!
No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como cortiça
E tem raízes como a fumaça.

domingo, 13 de dezembro de 2009

A história de O- (Trecho) - Pauline Réage


(...) Com os braços estendidos e os olhos fechados, ela apoiou a cabeça e o busto no sofá. Então uma imagem que tinha visto há alguns anos a atravessou. Era uma curiosa estampa que representava uma mulher de joelhos como ela, diante de uma poltrona, numa sala ladrilhada. Uma criança e um cachorro brincavam a um canto, as saias da mulher estavam levantadas, e um homem de pé, bem perto, levantava sobre ela um punhado de varas. Todos usavam roupas do fim do século XVI e a estampa tinha o título que lhe parecera revoltante: A correção familiar. René com uma das mãos segurou seus pulsos enquanto com a outra levantava seu vestido, tão alto que sentiu a gaze plissada roçar seu rosto. Acariciava suas nádegas e fazia Sir Stephen observar as covinhas que as afundavam, e a suavidade do sulco entre as coxas. Depois, pressionando sua cintura com a mesma mão para salientar as nádegas, ordenou-lhe que abrisse mais os joelhos. Ela obedeceu sem dizer nada. As honras que René fazia de seu corpo, as respostas de Sir Stephen, a brutalidade dos termos que os dois homens empregavam mergulharam-na num estado de vergonha tão violento e tão inesperado que o desejo que tinha de pertencer a Sir Stephen se desvaneceu e ela pôs-se a esperar o chicote como uma libertação, a dor e os gritos como uma justificativa. Mas as mãos de Sir Stephen abriram o caminho de seu ventre, forçaram o sulco entre suas nádegas, deixaram-na e voltaram, acariciando-a até fazerem-na gemer, humilhada por estar gemendo, derrotada. "Deixo-a para Sir Stephen", disse então René. "Fique como está, ele a dispensará quando quiser". Quantas vezes, em Roissy, tinha ficado assim de joelhos, oferecida a qualquer um? Mas lá, sempre amarrada pelos braceletes que uniam as suas mãos, era a feliz prisioneira a quem tudo era imposto, a quem nada era perguntado. Aqui, era por sua própria vontade que ficava seminua, enquanto um só gesto, o mesmo que bastaria para pô-la novamente de pé, bastaria também para cobri-la. Sua promessa a prendia tanto quanto os braceletes de couro e as correntes. Mas seria apenas sua promessa? E por mais humilhada que estivesse, ou justamente porque estava humilhada, não haveria também a doçura de ter valor justamente por sua própria humilhação, pela sua docilidade em curvar-se, por sua obediência em abrir-se? Com a saída de René e Sir Stephen tendo-o acompanhado até a porta, O esperou, sozinha, sem se mexer, sentindo-se na solidão, mais exposta e na espera, mais prostituída do que tinha se sentido quando estavam com ela. A seda cinza e amarela do sofá era lisa sob a sua saia, através do náilon de suas meias sentia sob os joelhos o tapete de lã alta e, ao longo da coxa esquerda, o calor da lareira — onde Sir Stephen tinha acrescentado três achas que ardiam com muito barulho. Um relógio antigo, sobre uma cômoda, tinha um tiquetaque tão suave que só se podia perceber quando tudo se calava em volta. O escutou-o atentamente e sentiu como era absurdo neste salão civilizado e discreto ficar na postura em que estava. Através das persianas fechadas ouvia-se o roncar de Paris depois da meia-noite. Amanhã de manhã, durante o dia, reconheceria na almofada do sofá, o lugar em que tinha apoiado a cabeça? Voltaria algum dia a este salão, para ser tratada do mesmo modo? Sir Stephen estava demorando e O, que tinha esperado com tanta indiferença o desejo dos desconhecidos de Roissy, sentia a garganta apertada com a idéia de que em um minuto, em dez minutos, novamente ele poria suas mãos sobre ela. Mas não aconteceu exatamente como previra. Ouviu quando abria a porta e atravessava a sala. Ficou por um tempo de pé, de costas para o fogo, observando O; depois, numa voz muito baixa, disse-lhe para se levantar e sentar-se novamente. Surpresa e quase constrangida, obedeceu. Ele lhe trouxe delicadamente um copo de uísque e um cigarro, que ela recusou. Viu então que ele vestia um roupão, muito sóbrio, em popeline cinza — do mesmo cinza de seus cabelos. Suas mãos eram longas e secas, e as unhas planas, cortadas curtas, muito brancas. Nesse momento, Sir Stephen surpreendeu o olhar de O, que corou: eram bem estas mesmas mãos, duras e insistentes, que tinham se apoderado do seu corpo e que agora ela temia e esperava. Mas ele não se aproximava. "Gostaria que ficasse nua", disse. "Mas antes desabotoe só o casaco, sem se levantar". O desabotoou as grandes fivelas douradas e fez cair de seus ombros o agasalho negro que colocou na ponta do sofá, onde já se encontravam sua pele, suas luvas e sua bolsa. "Acaricie um pouco o bico dos seios", disse então Sir Stephen, acrescentando: "Vai precisar uma maquilagem mais escura, esta é muito clara". Perplexa, O roçou o bico dos seios com a ponta dos dedos e ao sentir que endureceram e se levantaram, escondeu-os com as palmas: "Ah! não", disse Sir Stephen; e retirou suas mãos, inclinando-a para trás, sobre o sofá; seus seios eram pesados para o busto delicado e afastaram-se levemente para as axilas. Tinha a nuca apoiada no encosto, as mãos dos lados dos quadris. Por que Sir Stephen não aproximava sua boca, por que não estendia a mão para os bicos que desejou ver levantados e que ela sentia tremerem por mais imóvel que ficasse, só com o movimento da respiração? Mas ele tinha se aproximado e sentado meio de lado no braço do sofá, não a tocava. Fumava, e um movimento de sua mão, que O nunca soube se foi ou não voluntário, fez voar um pouco de cinza quase quente entre seus seios. O teve o sentimento de que ele queria insultá-la, com seu desdém, com seu silêncio, com o d esprendimento que havia na sua atenção. No entanto, há pouco desejava-a, e mesmo agora ainda a desejava; podia perceber isso sob o tecido leve de seu roupão. Por que não a possuía nem que fosse para feri-la? O detestou-se por seu próprio desejo, e detestou Sir Stephen pelo domínio que tinha sobre si mesmo. Queria que ele a amasse, esta é a verdade: que ficasse impaciente para tocar seus lábios e penetrar seu corpo, que a destruísse se fosse necessário, mas que não pudesse, diante dela, guardar a calma e dominar seu prazer. Era-lhe indiferente, em Roissy, que aqueles que se serviam dela tivessem qualquer sentimento que fosse; eram apenas instrumentos através dos quais seu amante tinha prazer com ela, pelos quais ela se tornava o que quisesse, polida, lisa e doce como uma pedra. Todas as mãos eram as suas mãos, todas as ordens, as suas ordens. Aqui não. René tinha-a entregado a Sir Stephen, mas via-se bem que não era porque quisesse obter mais dela, nem pela alegria de entregá-la, mas para compartilhar o que mais amava, agora, com Sir Stephen, como sem dúvida, antigamente, quando eram mais jovens, tinham compartilhado uma viagem, um barco ou um cavalo. Era com relação a Sir Stephen que tinha sentido compartilhar, muito mais do que com relação a ela. O que cada um procuraria nela, seria a marca do outro, o traço de passagem do outro. Um momento antes, quando a mantinha de joelhos e seminua, apoiada nele, enquanto Sir Stephen com as duas mãos abria suas coxas, René tinha explicado a Sir Stephen por que o acesso às nádegas de O era tão fácil e por que tinha ficado tão contente por terem-na preparado dessa maneira: era porque se lembrara de que seria agradável para Sir Stephen ter, constantemente à sua disposição, o caminho que mais lhe agradava. Chegou a acrescentar que, se quisesse, deixar-lhe-ia esse caminho para seu uso exclusivo. "Ah! com muito gosto", dissera Sir Stephen, observando entretanto que apesar de tudo ainda corria o risco de rasgar O. "O lhe pertence", respondera René; e inclinando-se para ela tinha lhe beijado as mãos. Só a idéia de que René podia assim considerar a possibilidade de se privar de alguma parte sua, deixara O transtornada. Viu nisto o sinal de que seu amante importava-se mais com Sir Stephen do que com ela. E percebeu também que, embora René tantas vezes tivesse repetido que amava nela o objeto em que a tinha transformado, sua total disponibilidade e a liberdade que sentia em relação a ela — como se possui um móvel com o qual se tem mais prazer dando-o do que guardando-o para si — nunca tinha acreditado totalmente nisso. Via ainda outro sinal do que não podia ser outra coisa que uma deferência para com Sir Stephen no fato de que René, que amava tão profundamente vê-la sob os corpos ou os golpes de outros, que olhava com ternura tão constante, com um reconhecimento tão incansável sua boca abrir-se para gemer ou gritar, seus olhos fecharem-se sobre as lágrimas, tinha-a entretanto deixado, depois de assegurar-se ao expô-la, abrindo-a como se abre a boca de um cavalo, para mostrar que é bastante jovem, que Sir Stephen

achava-a suficientemente bela, ou, a rigor, suficientemente cômoda para ele, e que quisesse aceitá-la. No entanto, este comportamento, ultrajante talvez, não mudava nada no amor de O por René. Sentia-se feliz por contar para ele, o suficiente para que sentisse prazer em ultrajá-la. Mas em Sir Stephen advinhava uma vontade firme e gélida que o desejo não dobraria, e diante da qual até agora, por mais comovente e submissa que fosse, não significava absolutamente nada. Não fosse assim por que teria sentido tanto medo? O chicote no cinto dos criados de Roissy, as correntes que quase sempre carregava, tinham-lhe parecido menos assustadores do que a tranqüilidade com que Sir Stephen olhava seus seios sem tocá-los. Sabia como pareciam frágeis, assim pesados, lisos e inchados nos ombros pequenos e no busto delicado. Não conseguia parar de tremer, seria necessário parar de respirar. Esperar que essa fragilidade desarmasse Sir Stephen seria inútil, e sabia muito bem que era justamente o contrário que acontecia: sua doçura assim oferecida atraía tanto os ferimentos quanto as carícias, tanto as unhas quanto os lábios. Teve um momento de ilusão: a mão direita de Sir Stephen, que segurava o cigarro, roçou com a ponta do dedo médio o bico de um seio, que obedeceu e tornou-se ainda mais duro. Que representava para Sir Stephen apenas uma espécie de jogo, uma verificação, como se verifica a excelência e o bom funcionamento de um mecanismo, O não tinha dúvidas. Sem tirar o braço de sua poltrona, Sir Stephen disse-lhe então para tirar a roupa. Nas mãos úmidas de O os colchetes escorregavam e teve que recomeçar duas vezes a desabotoar, sob a saia, a anágua de seda preta. Quando, enfim, ficou totalmente nua, só com as sandálias de verniz e as meias de náilon pretas enroladas acima do joelho sublinhando a delicadeza de suas pernas e a brancura de suas coxas, Sir Stephen, que também se levantara, segurou-a com uma das mãos dentro de seu ventre e empurrou-a para o sofá. Fez com que ficasse de joelhos com as costas encostadas no sofá e mandou que abrisse um pouco mais as coxas para apoiar-se mais perto dos ombros do que da cintura. As mãos de O repousavam junto aos tornozelos e desse modo seu ventre ficava entreaberto, e sobre os seios, oferecidos, seu pescoço inclinava-se para trás. Não ousava olhar Sir Stephen no rosto, mas via suas mãos que desamarravam o cinto do roupão. Quando foi para cima dela, sempre ajoelhada, segurando-a pela nuca, penetrou em sua boca. Não era a carícia de seus lábios que procurava, mas o fundo de sua garganta. Penetrou-a durante muito tempo; O sentia inchar-se e endurecer nela a mordaça de carne que a sufocava e cujo choque lento e repetido arrancava-lhe lágrimas. Para melhor penetrá-la, Sir Stephen tinha acabado de se pôr de joelhos sobre o sofá, de ambos os lados do seu rosto, e por instantes suas nádegas repousavam no peito de O, que sentia queimar seu ventre, inútil e desprezado. Por mais tempo que assim tivesse se deleitado, não acabou entretanto seu prazer, mas retirou-se em silêncio, ficando de pé sem fechar o roupão. "Você é fácil, O", disse-lhe. "Ama René, mas é fácil. René percebe que você deseja todos os homens que a querem e que, levando-a para Roissy e entregando-a e outros, dá-lhe tantos álibis quanto a sua própria facilidade?". "Amo René", respondeu O. "Ama René, mas sente desejo por mim, entre outros", continuou Sir Stephen. Sim, tinha desejo por ele, mas e se René, ao saber disso, mudasse? Podia apenas calar-se e abaixar os olhos, pois seu olhar nos olhos de Sir Stephen já teria sido uma confissão. Sir Stephen inclinou-se, então, para ela e, segurando-a pelos ombros, puxou-a para o tapete. Deu por si de costas. Com as pernas levantadas e dobradas sobre o corpo. Sir Stephen, que tinha se sentado no sofá no mesmo lugar em que um momento antes estivera apoiada, segurou seu joelho direito e puxou-o para si. Como se encontrasse na frente da chaminé, a luz da lareira, bem próxima, iluminava violentamente o duplo sulco totalmente aberto do seu ventre e das suas nádegas. Sem largá-la, Sir Stephen ordenou-lhe bruscamente que se acariciasse, mas sem fechar as pernas. Perturbada, O estendeu docilmente sua mão direita sob o ventre, encontrando com os dedos, já liberada dos pêlos que a protegiam, já ardente, a aresta de carne onde se reuniam os frágeis lábios de seu ventre. Mas sua mão caiu e balbuciou: "Não posso". E, com efeito, não podia. Nunca tinha se acariciado, a não ser furtivamente no calor e na obscuridade de sua cama quando dormia sozinha, sem nunca entretanto buscar o prazer até o fim. Mas às vezes encontrava-o mais tarde em sonhos, e despertava decepcionada de que tivesse sido tão forte e tão fugaz. O olhar de Sir Stephen insistia. Não pôde suportá-lo e, repetindo "não posso", fechou os olhos. O que revia, de que não conseguira fugir, e que lhe dava a mesma vertigem de repulsa que todas as vezes em que o testemunhara, quando tinha quinze anos, era Marion, com uma perna sobre o braço da poltrona e a cabeça meio pendente sobre o outro braço, acariciando-se e gemendo na sua frente. Marion contara-lhe que um dia tinha se acariciado assim no escritório pensando estar sozinha, e que o chefe de seu serviço tinha entrado de imprevisto e a tinha surpreendido. O lembrava-se do escritório de Marion, um ambiente nu, de paredes em tom verde-pálido, que recebia a luz do dia vinda do norte, através dos vidros empoeirados. Só havia aí uma única poltrona destinada aos visitantes e que ficava na frente da mesa. "Você fugiu?", tinha-lhe perguntado O. "Não", respondera Marion, "ele me pediu para recomeçar", mas fechou a porta, fez-me tirar as calcinhas e empurrou a poltrona para perto da janela". O tinha se sentido invadida de admiração pelo que considerava ser coragem de Marion, e ao mesmo tempo de horror, recusando-se ferozmente a acariciar-se diante de Marion, e jurando que nunca, nunca se acariciaria na frente de ninguém. Marion, rindo, dissera: "Você vai ver quando seu amantes lhe pedir". René nunca tinha lhe pedido. Teria obedecido? Ah! Certamente, mas com que terror de ver surgir nos olhos de René a mesma repulsa que ela própria sentira de diante de Marion! O que era absurdo; e que fosse Sir Stephen era mais absurdo ainda. O que lhe importava a repulsa de Sir Stephen? Mas não, não podia. Pela terceira vez murmurou: "Não posso". Por mais baixo que tivesse falado, ele a escutou e, deixando-a, levantou-se, fechou seu roupão e ordenou a O que se levantasse. "É esta a sua obediência?", disse. Depois, com a mão esquerda segurou seus punhos e com a direita esbofeteou-a com toda a força. Ela cambaleou e teria caído se ele não a tivesse segurado. "Fique de joelhos e me escute", disse, "temo que René a tenha educado muito mal". "Sempre obedeço René", balbuciou. "Você confunde amor e obediência. Vai me obedecer sem me amar e sem que eu a ame". O sentiu-se então tomada da mais estranha revolta, negando em silêncio no interior de si mesma as palavras que ouvia, negando seu próprio consentimento, seu desejo, sua nudez, seu suor, suas pernas trêmulas e as olheiras de seus olhos. Debateu-se, cerrando o dentes de raiva, quando fazendo-a curvar-se, ou melhor, prosternar-se, com os cotovelos no chão e a cabeça entre os braços e levantando-a pelos quadris, Sir Stephen forçou entre suas nádegas para rasgá-la como dissera a René que o faria. Da primeira vez ela não gritou. Recomeçando então mais brutalmente, ele fez com que gritasse. E todas as vezes em que ele se retirava e voltava, portanto, todas as vezes em que decidia, ela gritava. Gritava tanto de dor como de revolta, e ele não se enganava a esse respeito. Ela também o sabia, e isso significava que de qualquer forma estava vencida e que ele estava contente por obrigá-la a gritar. Quando terminou, levantou-a e começou a preparar-se para dispensá-la, enquanto observava que o que tinha ejaculado ao sair iria tingir-se aos poucos com o sangue do ferimento que lhe tinha feito, que este ferimento a queimaria enquanto não tivesse se acostumado e que continuaria a forçar a passagem. Certamente não iria privar-se deste uso dela que René lhe tinha reservado, portanto, não deveria esperar ser poupada. Lembrou-lhe que tinha consentido em ser escrava de René e sua, mas que lhe parecia improvável que soubesse com todo o conhecimento de causa em que se tinha engajado. Quando finalmente compreendesse, seria tarde demais para escapar. (...)


RÉAGE, Pauline. História de O. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985, p. 82-91.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Por Anaïs Nin


O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.

Eu escolho
um homem
que não duvide
de minha coragem
que não
me acredite
inocente
que tenha
a coragem
de me tratar como
uma mulher.

Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias.Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Lolita

Lolita" é uma das obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal. Muito arrojado para a moral vigente na época, o romance de Vladimir Nabokov (1899-1977) foi inicialmente recusado por várias editoras. Ao ser finalmente lançado, em 1955, por uma editora parisiense, gerou opiniões antagônicas: houve quem definisse o livro como um dos melhores do ano; houve quem o considerasse pornografia pura. Nos Estados Unidos, onde só viria a ser publicado em 1958, rapidamente conquistou o topo das listas de mais vendidos.
Visto hoje, filtrado pelos anos e por uma verdadeira biblioteca de comentário e crítica, Lolita parece sobretudo uma apaixonada história de amor, escrita com elegante desespero. O protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua senhoria.
Escrito num estilo inimitável - mas não intraduzível, como bem se verá -, "Lolita" é uma obra-prima da literatura do século 20. Aqui se cruzam alguns dos temas clássicos da arte de todos os tempos (a paixão, a juventude, o amadurecimento) com questões mais típicas da nossa modernidade, como as ambivalências eróticas e o exílio - que é uma questão tanto de geografia quanto da linguagem e do coração.

A obra conta com diversas qualidades literárias e uma estrutura curiosa, que pode ser interpretada como uma mistura de diversos estilos cinematográficos: do início psico-erótico típico de um filme europeu, a história passa para um drama de periferia quando o professor vai morar em New Hampshire. Depois a ação lembra um
road movie, com uma longa viagem de carro; passa para um romance de mistério, com o enigma de um perseguidor oculto; e no final se torna um drama policial, ao estilo de um filme noir.

Curiosidades

Fonte: Wikipédia e Livros Virtuais

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sexo faz bem! Top 5 de razões para praticar

Se alguém ainda tem alguma dúvida é porque não experimentou ou está precisando praticar mais para comprovar, mas nós temos certeza de que sexo faz bem. E montamos um top 5 com razões pelas quais vale praticar:
1 - Orgasmo - Precisa explicar?
2 - Sexo une as pessoas - Tudo bem que eventualmente as pessoas brigam por causa de sexo também, mas daí entram outros fatores, como ciúmes e traições. Isso a gente não estimula de forma alguma, viu? Então enquanto se resume a duas pessoas, entre quatro paredes, a gente acha que aproxima as duas partes envolvidas.
3 - Queima calorias - É uma atividade física, que pode ser mais ou menos intensa, dependendo de quem e como se pratica. Só que ao contrário de ficar puxando ferro uma horinha na academia, é bem mais divertido.
4 - Ajuda a relaxar - Quer melhor maneira de relaxar antes de dormir?
5 - É de graça e divertido - Tudo bem que existe toda uma indústria que se beneficia dele, mas estamos falando de relações mais cotidianas, sem fins lucrativos envolvidos. É das poucas coisas divertidas pelas quais você ainda não precisa pagar!
Autor: Mauren Motta

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Truques para o sexo anal

O sexo anal na década de 90 era um tabu. Atualmente ele passou de tabu para um desejo feminino. Pelo menos um desejo de boa parte das pessoas desse sexo.
O maior segredo é estar realmente a fim. Você quer? Sente mesmo vontade? Ou está apenas cedendo para agradar ao parceiro? A gente precisa, antes de tudo, investigar as nossas expectativas e os nossos desejos em relação a essa prática. Após avaliar se quer ou não quer, aí, sim, é hora de pensar em técnicas para ser cada vez mais prazeroso. Afinal, sexo deve ser sinônimo de prazer, não é?

Para algumas o anal é algo que acontece facilmente, para outras é algo bem complicado, cada uma tem o seu nível de dor, prazer, fetiche, atração, etc., por essa modalidade. Quando a dor que a mulher sente é mínima ou zero, o prazer é máximo, e a sua atração psicológica é alta, essa mulher se torna uma adoradora desta modalidade. Quando a dor é alta, geralmente o prazer é baixo, e a atração psicológica também é baixa, logo, essa mulher cria aversão a esse tipo de sexo. Se você é homem e não gosta de fazer sexo anal, não tem problema nenhum em sua mulher não gostar de fazer. Agora se você gosta e ela não gosta a coisa se complica.

DICA PARA APLICAR ANTES DA TRANSA - Antes de transar, coloque a sua mulher de quatro, com o rosto no travesseiro, quadril bem empinado para cima e pernas abertas. Faça uma massagem na bunda da menina durante uns 10 a 20 minutos. Morda, passe a língua, aperte, brinque de todas as formas. Ao final, faça uma massagem no ânus. Sentindo receptividade penetre um dedo no reto da parceira. Tente bem devagar penetrar o segundo dedo. O dedo tem que estar bem lubrificado com saliva ou com um lubrificante a base de água.

DICA PARA APLICAR DURANTE A TRANSA - Durante a transa, coloque a mulher sentada no seu pênis. Quando ela estiver muito excitada traga ela para perto de você, como se ela fosse deitar sobre o seu tronco, sem no entanto, tirar o pênis de dentro. Mantenha os movimentos de entrar e sair. Nesse instante segure com as duas mãos a bunda da mulher e abra bem ela, abra na base, perto da vagina, é ali que fica o ânus. Abrindo bem o bumbum, ela vai sentir um vento no ânus, um friozinho, e talvez sinta uma vontade de ser penetrada ali. Depois feche e abra a bunda da menina, e mantenha as penetrações. Então você começa a massagear a região anal com um dedo, depois penetre um pouco o reto e mantenha a massagem. Depois de algum tempo pare as penetrações e aumente a intensidade da massagem anal. Você pode fazer essa massagem movimentando o dedo em círculos, ou apenas vibrando ele de cima para baixo e de um lado para o outro. Algumas mulheres poderão atingir o orgasmo com esse movimento.

Vantagem:Se ocorre como nova forma de prazer para o casal (os dois precisam querer e gostar), isto reafirma a cumplicidade.

Recomendações:O próximo cuidado é o uso de lubrificantes. O ânus não é tão elástico quanto a vagina nem produz uma lubrificação natural como ela. Por isso é preciso utilizar algum gel à base de água, vendido em farmácias, para amenizar o atrito do pênis.

-A posição para quem está começando é melhor na chamada "cachorinho" (joelhos e cotovelos na cama e o homem por trás): enquanto uma mão do parceiro guia o pênis, a outra está livre para estimular o clitóris ou a vagina (veja onde sente mais prazer). É necessário que a mulher esteja excitada para que relaxe o esfíncter anal e a introdução seja lenta, permitindo, assim, que a relação seja prazerosa...

- O uso da camisinha é fundamental para a prevenção de doenças e infecções. Ela é IMPORTANTÍSSIMA! Um detalhe: o preservativo deve ser trocado se o casal resolver partir para a penetração vaginal após a anal. Isso porque as bactérias que habitam o ânus podem causar uma série de infecções caso sejam transportadas pelo pênis para a vagina.

CONCLUSÃO - O sexo anal tem caído na preferência popular, tanto dos homens quanto das mulheres, sendo assim, esteja preparado para saber trabalhar a mulher antes de partir para a penetração.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A arte do pompoarismo

O pompoarismo é praticado a vários milênios pelas mulheres orientais, suas técnicas são passadas de mãe para filha e pouco se fala ou se escreve sobre o assunto. Algumas obras literárias fazem citações e referências às pompoaristas e suas habilidades, alguns poucos filmes exibem demonstrações de mulheres que fazem um verdadeiro "halterofilismo pompoarístico", demonstrando façanhas tais como: levantar objetos pesados, lançar objetos à distância, abrir garrafas, fumar e etc., tudo isso usando a vagina, que nas pompoaristas têm a musculatura muito bem desenvolvida.
Na verdade o pompoar é uma arte sublime, que potencializa a sensualidade e sexualidade feminina, deve ser praticado na intimidade e pode melhorar muito as relações amorosas aumentando o prazer sexual e incentivando o fortalecimento dos laços afetivos do casal. Pompoarismo é a prática do pompoar, uma técnica milenar que consiste em movimentar voluntariamente a musculatura vaginal, ordenhando, sugando, expelindo, torcendo e apertando, tudo isso com força e velocidade adequadas o pênis do parceiro, nos lugares corretos, com a finalidade de aumentar o prazer sexual.
Para isso a pompoarista deve ter a musculatura vaginal bem desenvolvida e trabalhada, o que pode ser conseguido, por qualquer mulher sadia, com os exercícios apresentados na nossa apostila. Ao iniciar a prática dos exercícios a mulher logo observa alterações positivas, no entanto à partir do sexto mês de exercícios ininterruptos pode ser observado um elevado ganho de performance e sensibilidade sexual, bem como uma saúde vaginal privilegiada.
A musculatura da vagina, é formada por um feixe de anéis que vão desde a sua entrada até o seu interior, sendo que estes anéis podem ser movimentados em conjunto ou separadamente. Esses movimentos podem ser mais fortes e rápidos na medida em que a mulher se exercitar mais intensamente.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Minha primeira experiência com Bondage

O meu grande desejo era que fosse amarrada na cama e dominada de uma maneira diferente. eu estava excitada e queria de qualquer maneira ser possuída de uma maneira singular, até que criei coragem e pedi para ele me amarrar na cama. A principio ele achou estranho, um desejo esquisito, mas de qualquer maneira começoui a achar engraçado e também a ficar excitado com minha idéia.
Expliquei que queria ser amarrada na cama como a figura Humana de Leonardo da Vinci.
-Ok Nina, se você quer ser amarrada, como faremos isso? Com uma corda?
- Não com duas meia-calças. Respondi com sorriso leve. Achei intrigante eu ir dando todas as coordenadas a ele.
Ele amarrou-me na cabeiceira da cama, depois amarou minhas pernas abertas nos pés da cama. Fiquei imobilizada. Pedi que vedasse meus olhos, e assim ele fez.
Estava imobilizada e com os olhos vedados. O fato de não saber o que ele tinha em mente, o que ele faria em seguida me deixava com o nível de excitação maior ainda.Massageou minhas pernas, minha virilha, minha vagina, minha barriga, seios e ombros. Ele lambe minhas axilas e chupa meus biceps. Beija a minha boca. Sinto apenas suas mãos sôfregas e sua língua macia. Mantinha distância de seu corpo do meu.
Lentamente ele começou a sugar os dedos dos meus pés. Aquela sensação diferente me deixou mais e mais excitada.E enquanto ele sugava os dedos dos meus pés ele apertava a minha virilha.
Ele, fica em cima de mim, posso sentir deu cheiro. Ele coloca seu pênis em minha boca enquanto eu chupo, sugo e mordo. Ele geme! Mal posso me mexer, a não ser a boca e a língua que entram em movimento frenético.Sugando de leve, sugo seu saco, coloco tudo dentro da boca, sugo e as movimento dentro de minha boca com a língua. Lambo o períneo e seu ânus. Ele geme.
Ficou silêncio no quarto. Silêncio total, que me deixou com medo. Não chamei seu nome. Apenas esperei...a minha espera foi encerrada com um gelo em meu clitóris, uma pedra de gelo entrando na minha vagina e em segundos depois a lingua quente quebrando o frio.Suas mãos deslizavam sobre minha barriga, chegando aos meus seios, deixando o bico dos meus mamilos completamente eretos.
Ele me lambe e me chupa.Ele pinga velas em meus seios, minha barriga e em minhas cochas. A sensação é deliciosa, quase eu gozo nesse momento. Ele pega as pedras de gelo e passa em cima da cera que já secara. Passa a pedra de gelo em minha boca e me beija.
Não falo nada em nenhum momento. Me controlo! Não falo nada.
Ele me penetra, lentamente e deliciosamente. Sinto seu corpo por inteiro nesse momento. estocada com mais estocadas. Ele morde lentamente os meus mamilos - me seguro firme para não gozar porque aquele ainda não era o momento. Ele me penetra frenéticamente, lentamente, em estocadas ritimadas. Minha respiração acelera mais e mais, o gozo intenso toma conta de meu corpo. Não posso me mover. Minha carne fica muito trêmula e ele goza...